sábado, 22 de junho de 2013




        A desigualdade social, tão latente em nossa sociedade atual, é um problema que decorre já de longa data. Sabe-se que as antigas comunidades agrícolas constituídas, produziam alimentos em quantidades que ultrapassavam as necessidades da população consumidora. Com este advento de sobra de alimentos, houve a possibilidade de que uma camada pequena da população não mais trabalhasse de forma operativa e passasse a viver do esforço do trabalho alheio. Este mesmo quadro antigo de submissão (grande parte da população com tarefas operárias) e opressão (pequena parte da população que se apropria de riqueza) ainda é possível se perceber, claramente, nos dias de hoje. 

   Por séculos modificam-se sistemas econômicos, os quais regem de diferentes formas políticas sociais e por consequência, também os passos de formação e estabelecimento das sociedades e comunidades. No entanto, até hoje, todos os sistemas implantados tem sempre em comum a divisão e separação de classes sociais. Famílias reais, nobres e plebeus – ricos, pobres e miseráveis – poucos com oportunidades garantidas e muitos que buscam incansavelmente por um lugar ao sol. 

   Assim devemos entender que a fome não ocorre por falta de alimentos, mas por má distribuição de renda. Também devemos entender que para superarmos o grave e enraizado problema da desigualdade social (atualmente estabelecida em grande parte pela corrupção endêmica em nosso pais) é preciso persistência na luta por melhorias constantes no sistema educacional. Afinal de contas, a separação de classes sociais, não é um advento isolado ou um movimento recente, mas uma questão cultural muito forte e estabelecida ao longo de séculos. E esta questão cultural só poderá ser moldada de forma mais justa e igualitária através de pessoas que tenham educação voltada aos valores éticos e morais, tão necessários e essenciais para o bom convívio pessoal e progresso sociocultural.